terça-feira, 22 de dezembro de 2009

XIII Congresso Brasileiro de Primatologia

A bióloga Juliana Nascimento Martins esteve participando do XIII Congresso Brasileiro de Primatologia, realizado na Universidade Regional de Blumenau - FURB, em Blumenau, Santa Catarina, no período de 11 a 15 de dezembro de 2009.
Dois trabalhos patrocinados pela Tecniflora foram apresentados em forma de painel no evento. Um dos painéis entitulava-se "FLEXIBILIDADE ALIMENTAR E COMPORTAMENTAL DE UM GRUPO DE BUGIO-RUIVO Alouatta guariba clamitans CABRERA, 1940 (PRIMATES, ATELIDAE) EM RELAÇÃO AO USO DE ESPÉCIES VEGETAIS ALÓCTONES EM CAXIAS DO SUL, RS" e o outro tinha como título "ÁREA DE VIDA E USO DO ESPAÇO DE UM GRUPO DE BUGIO-RUIVO Alouatta guariba clamitans CABRERA, 1940 (PRIMATES, ATELIDAE) HABITANTES DE UMA MATA PERTURBADA E COM INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES ALÓCTONES, NA SERRA GAÚCHA".

Durante os cinco dias de evento, vários assuntos foram discutidos, entretanto, a grande preocupação dos pesquisadores é a conservação das espécies.
Segundo Russell Mittermeier, da Conservation International, a conservação de primatas é a conservação de florestas.
Considerando, ainda, que as árvores tropicais cresceram nos últimos 40 anos e agora absorvem 20% das emissões de gases do efeito estufa dos combustíveis fósseis, é de grande importância a preservação de nossas florestas.

As grandes ameaças aos primatas de todo mundo é a perda de hábitat e a caça. São atualmente 201 espécies ameaçadas de extinção. Para algumas não há mais grandes chances de sobrevivência, como no caso do Nomascus nasutus hainanus (gibão-de-crista), que ocorre na China, e restam cerca de 20 indivíduos na natureza.
O Brasil é o maior detentor de primatas do Mundo, seguido por Madagascar, que logo passará o número de espécies do Brasil, devido ao grande número de espécies que estão sendo descobertas.
20 espécies e subespécies de primatas são endêmicas da Mata Atlântica, ou seja, só ocorrem nesse Bioma. Como no resto do mundo, temos também primatas que estão criticamente em perigo de extinção, como o maior primata das Américas, o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), encontrado no estado de Minas Gerais e Espírito Santo.
É o grande momento de unirmos esforços.
Não serão só os primatas não-humanos que serão afetados pelo aquecimento global. As mudanças no clima já estão ocorrendo de forma intensa. É hora de agirmos!